“Eu vi na palestra que o fim de uma trajetória é o recomeço de outra. Acreditar em si mesmo é necessário para tudo, é uma fonte de conhecimento. Porque se não acreditarmos no nosso potencial, ninguém poderá vencer por nós. Temos que vencer as dificuldades e a luta. Agradeço a Defensoria por essa palestra, e pelo trabalho sendo feito por nós dentro da unidade prisional”, finalizou.
A atividade foi conduzida pela psicóloga clínica Ana Cláudia Dufflis, especialista na abordagem centrada no sentido da vida. O objetivo foi oferecer aos reeducandos ferramentas para lidarem melhor com as dificuldades emocionais que enfrentam no ambiente prisional.
Conforme a psicóloga, o ambiente carcerário pode ser um fator desencadeador de transtornos mentais devido às suas condições adversas, como a superlotação, a violência, a perda da liberdade e o distanciamento familiar. Com duração de três horas, a palestra teve atividades interativas e os participantes puderam compartilhar suas experiências e reflexões, o que promoveu um espaço de escuta e acolhimento.
“A Logoterapia oferece uma abordagem que foca no propósito e no significado da vida, mesmo em situações extremas como o encarceramento, promovendo resiliência e esperança entre as pessoas privadas de liberdade”, explicou ela.
Para a defensora pública e 1ª titular da DPE-RR em Rorainópolis, Beatriz Dufflis, a palestra é uma oportunidade de estimular a reflexão sobre o sentido da vida e a descoberta de novos propósitos, além de incentivar uma visão de futuro mais promissora após o cumprimento da pena.
“Isso faz parte do nosso entendimento como Defensoria Pública também, porque temos dever institucional determinado por lei, de prestar uma assistência ampla, temos que nos preocupar com a difusão e a garantia dos direitos humanos”, salientou a defensora.
Beatriz destaca ainda que ao despertar o senso de propósito e responsabilidade, pode se contribuir para a melhoria do bem-estar emocional dos reeducandos e auxiliar na construção de novas perspectivas de vida pós-cárcere.
Atuação da DPE-RR na unidade prisional
O diretor da unidade prisional em exercício, Rodrigo Brito, conta que com 170 internos cumprindo pena no local, o trabalho da Defensoria é essencial para desafogar a superlotação e levar além do apoio jurídico, apoio educacional e emocional.
“Todo esse trabalho é muito importante no sentido de conscientizar o papel que eles têm. Isso dá ânimo para eles entenderem que aqui dentro do sistema prisional, eles têm a oportunidade de ressocialização, e da mudança de comportamento e mentalidade. A Defensoria vem trabalhando muito nisso, de trazer eles para a realidade. Falar que não acabou, que não mudou, que eles têm oportunidade de sair pessoas diferentes do que eles entraram”, frisou.
A mesma atividade acontece na sexta-feira (25), para as internas da Cadeia Feminina de Boa Vista.
Fonte: ASCOM/DPE-RR