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Chame e Tribunal de Justiça de Roraima renovam acordo para estreitar parceria em defesa das mulheres

O Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), que completou 15 anos em 18 de agosto, e o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) assinaram nesta quarta-feira (21) um aditivo ao termo de cooperação entre as instituições para estreitar a parceria em defesa das mulheres.

A assinatura do documento ocorreu na sede do Chame, órgão vinculado à Secretaria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima , e contou com a presença de autoridades locais e depoimentos de pessoas que fizeram parte de sua história.

A secretária Especial da Mulher, deputada Joilma Teodora (Podemos), ressaltou que a parceria com o TJRR existe há alguns anos e a assinatura do termo ocorre para ampliar as ações. “O Tribunal de Justiça não mede esforços para ajudar essas mulheres, acolhendo-as e dando segurança para todas essas pessoas que precisam. O Chame tem feito a diferença na vida das famílias ao longo desses 15 anos e as parcerias são fundamentais”, afirmou.

A juíza titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Familiar do TJRR, Suelen Alves, destacou que o trabalho com o CHAME tem trazido resultados positivos e explicou como será a parceria após a assinatura do aditivo. “Nós desenvolvemos um trabalho de cooperação, então esse termo vem para afirmar mais ainda essa colaboração com a produção de cartilhas informativas, troca de experiências, ampliação do Centro Reflexivo Reconstruir para o interior, entre outras ações”, detalhou.

Idealizado pela então deputada estadual e médica Marília Pinto, o Chame foi inaugurado em 18 de agosto de 2009. Atual superintendente de Programas Especiais da ALE-RR, ela relembra que o objetivo da implantação do órgão foi acolher mulheres que, na época, ainda eram invisíveis na sociedade e não contavam com uma rede de apoio para as vítimas de violência doméstica no Estado. “É muito gratificante implantar um programa que tem suma importância. Precisamos ouvir as pessoas e trabalhar por elas, e esse é o papel da Assembleia Legislativa. A Lei Maria da Penha era o único instrumento que eu tinha para criar o Chame, e assim fizemos com a ajuda de instituições públicas e privadas. Sem dúvida, a sociedade agradece as ações do Centro, porque realmente protege e deve ter livrado milhares de mulheres e famílias de condições de total vulnerabilidade”, disse.

O Chame foi pioneiro em ações de combate à violência doméstica em Roraima. Atualmente, a unidade dispõe de vários projetos, como o Grupo Terapêutico Flor de Lótus e cursos de defesa pessoal para as mulheres ao longo do ano, além do Centro Reflexivo Reconstruir, voltado para ressocialização do agressor, seja ele enviado pela Justiça ou que tenha buscado o atendimento por conta própria.

Moradora de Roraima há pouco mais de um ano, a cabeleireira Wal Rodrigues foi atendida pelo Chame em 2024 ao participar do grupo terapêutico. Ela relata que passou por momentos difíceis na vida e encontrou um apoio para superar os traumas e recomeçar. “O CHAME foi a resposta para todas as perguntas que tive a vida inteira e se tornou um divisor de águas. Foi o local em que eu pude perceber e entender que eu poderia ter apoio e acolhimento, então representa muito para mim, um sentimento de esperança. Saí totalmente revigorada e transformada”, contou.

Atendimento do Chame

Qualquer pessoa que deseja ser atendida ou participar dos projetos, pode entrar em contato pelo ZapChame, por meio do número (95) 98402-0502, informar os dados pessoais e aguardar ser chamada.

Outra opção é o atendimento presencial nas unidades. O CHAME em Boa Vista está localizado na Avenida Santos Dumont, n⁰ 1470, no bairro Aparecida. Em Rorainópolis, funciona na Avenida Dra. Yandara, n⁰ 3058, Centro. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem interrupção.